quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A decisão.....


Facto consumado, a consumar ou por consumar????

Ora, digamos que o verbo decidir, implica que eu percorra "um caminho", assuma um compromisso, determine um objectivo, alcance uma meta, trilhe um percurso.

Falamos portanto na primeira pessoa, no singular. Mas, será que somos exímios na decisão? Autodecisores ou Heterodecisores?

;) Pela observação e constatação, somos um misto de decisores, senão vejamos:

Numa percentagem a rondar os 100%, constantemente ao tomarmos uma decisão per si, já outrora a tentámos fundamentar, justificar e persuadir o apoio de alguém e, quantos mais apoiantes tivermos, mais veemente se justifica a decisão - para mim significa a ponderação.

Por outro lado, quando a decisão é posta em causa, isto é, queremos avançar, mas o apoio é muito ténue ou não existe, na maioria dos casos, ficamos inertes, indecisos - lol, anulando ou perpetuando a famosa decisão. Ou, tentamos em vários momentos, encontrar alguém que nos dê o impulso positivo.

O mais hilariante é quando tomamos a decisão sem apoio...lol sentimos nos primeiros momentos um vazio, um enorme desamparo, uma solidão, pensando........ Porque fiz eu isto? Estarei no caminho certo? A compra que fiz, ser-me-á verdadeiramente útil?

Quando somos consultados por alguém, tipo: vou tomar esta decisão; vou comprar este objecto; o que achas? Normalmente somos pragmáticos, rápidos, concisos, muito argumentativos e bons palestrantes (ficamos pasmados, mas ao mesmo tempo orgulhosos de resolver um problema em tão pouco tempo). Dominamos o tema, de tal forma, que parecemos mestres ou doutores na área em causa, lol.

Mas, isto acontece porque estamos a decidir por alguém, não para nós próprios. Daí se dizer, "com o mal do outro, posso eu bem", eheheh......

Por seu turno, quando aconselhamos alguém a decidir, "lavamos as mãos", "sacudimos a água do capote", dizendo quem decide és tu, eu apenas oriento, lol.

Quando somos neutros ao decisor, a confusão do mesmo permanece.

Em suma,

A decisão, seja qual for, é tomada porque existe o eu (ego) e o hetero (outro). Digamos que, o mundo foi de tal forma bem idealizado, que precisamos constantemente do outro para viver. É indissociável a vida em comum.

Feliz daquele que tem alguém incluido nas várias fases da sua vida, obviamente onde a ponderada decisão está incluida.

cumps

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